quinta-feira, 18 de novembro de 2010

É mágoa.

"É mágoa e eu vou dizendo de antemão, se eu encontrar com voce já "tô" com 3 pedras na mão.
Eu só queria distância da nossa distância de sair por aí procurando uma contramão. Acabei chegando na tua rua, fiquei na dúvida qual era sua janela.
Eu sei que a proposta era cada um ficar na tua, mas é que até a minha solidão tava na dela.
Atirei uma pedra na sua janela, e logo correndo me arrependi. Fiquei com medo de te acertar, mas era mesmo pra te acertar, e isso, por um momento, eu quase me esqueci.
Atirei outra pedra na sua janela, uma que não fez o menor ruído, não quebrou, não rachou, não deu em nada. E eu pensei que talvez voce já tenha me esquecido.
Só não deu mesmo pra te acertar o coração, porque eu era alvo de tanto que já tinha sofrido.
Aí já não precisava mais de pedra, porque minha raiva quase que transpassa a espessura do seu vidro.
É magoa! O que eu choro é água de sal. Se der um vento, é maremoto. Se eu for embora, aí não sou mais eu. Água de torneira não volta.
Eu vou embora, adeus."

Ana Carolina

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